Tarouca: autarquia justifica construção de nova creche
Em resposta à denúncia feito pelo NVR relativo à construção de uma nova creche por parte da Câmara Municipal de Tarouca, quando a mesma valência, na Santa Casa da Misericórdia, estava longe de atingir o seu limite...
...a autarquia esclarece que este serviço “constitui uma resposta social de âmbito concelhio e supramunicipal, estando reservada 25% da sua capacidade total, para procura exterior ao município”.
O Equipamento Social em causa resulta, assim, de “uma candidatura apresentada pelo Município de Tarouca ao abrigo do Programa Operacional Regional Norte, no âmbito da tipologia equipamentos e serviços colectivos de proximidade”.
A autarquia adianta, em comunicado, que “a candidatura foi objecto de análise e aprovação, em sede de reunião da Plataforma Territorial Supraconcelhia do Douro, realizada em 19 de Agosto de 2009, tendo sido objecto de um parecer qualitativo, ao nível de prioridade elevada”.
Aquando da submissão da candidatura, no ano de 2009, os dados disponibilizados indicavam uma taxa de cobertura da valência creche no Concelho de Tarouca se estimava nos 4,23%, e a taxa de cobertura do Distrito de Viseu era de 15,65%, taxa bem distante da pretendida para o país (ultrapassar os 33 por cento estabelecidos como meta pela União Europeia). No parecer emitido por aquele órgão era já do conhecimento do Centro Distrital de Viseu, I.P., que a Santa Casa da Misericórdia de Tarouca, iria alargar a capacidade da sua resposta social, para mais 33 vagas, na sequência de candidatura apresentada ao PARES, evidência essa que não constituiu qualquer objecção, por parte do Centro Distrital de Viseu, I.P., à validação do parecer exarado pelo Núcleo Operativo da Plataforma, e aprovado em sede de Plataforma Supraconcelhia.
A instituição informa, também, que a referida creche nunca esteve para ser entregue à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, mas sim aos Projectos Sociais nos Bombeiros (PSB), Associação de Solidariedade Social, que prevê nos seus estatutos a criação de uma Creche Social. “O Estatuto de IPSS foi atribuído fundamentalmente porque o Centro Distrital de Viseu reconheceu que o Plano de Acção da Associação contemplava uma resposta social, extraordinariamente importante para o Concelho”, clarificou a autarquia.
Andam as águas agitadas ali para os lados de Tarouca. Além do final de mandato do actual presidente da Câmara, que se avizinha, e ao qual não se poderá recandidatar, vão ter lugar eleições para a provedoria da Santa casa da Misericórdia.
As inscrições de irmãos de última hora prosseguem a bom ritmo, ao que nos dizem para tentar controlar esta importante instituição de benemerência, ligada à Igreja Católica.
Mas, para já, o que causa mais espanto é a tentativa de causar problemas ao funcionamento da Creche e Jardim Infantil da Santa Casa, a funcionar numa moderno edifício, com todas as condições e com a capacidade longe de se esgotar. Na verdade, o espaço tem capacidade para 66 crianças e neste momento apenas é frequentado por pouco mais de quarenta. Aquando da sua inauguração, esta Creche foi considerada uma das melhores do país.
Mas nem isso inibiu o presidente da Câmara de Tarouca de investir muitas dezenas de milhares de euros a recuperar um Jardim Infantil, há muito inactivo, para nele instalar uma outra Creche.
A nova instituição, dependente da Câmara, esteve vários meses sem funcionar, mas já com cerca de meia dúzia de funcionários, incluindo uma directora, mas sem crianças.
Desde há poucas semanas, umas três crianças começaram a frequentar a instituição da Câmara, ao que nos foi dito, para justificar a presença de tantos funcionários.
História recambolesca Foi-nos dito por moradores de Tarouca, que a Creche da Câmara era para ser entregue aos Bombeiros. Mas a Segurança Social de Viseu informou que as associações de bombeiros não podiam ser proprietárias de IPSS. Por outro lado, a Câmara também não pode explorar por si uma Creche.
Não se sabe assim, em que condições está a funcionar este estabelecimento. Mas, pelo que apurámos as despesas correm completamente por conta da autarquia.
O que a algumas pessoas questionam é porque razão a Câmara se meteu a construir e a por em funcionamento esta Creche quando a da Santa Casa da Misericórdia está longe de esgotar a sua capacidade.
Remetemos um fax à Câmara questionando-a designadamente sobre as razões pelas quais a nova Creche não foi entregue aos Bombeiros, qual é a instituição responsável pela Creche, número de funcionários e de utentes, mas não recebemos resposta até ao fecho desta edição. O mesmo aconteceu sobre o pedido de informação quanto ao custo com as obras de remodelação do edifício e demais instalações nele integradas.
De uma vez por todas se caia na realidade e se deixe de pedir aos professores aquilo que não lhes compete. Estratégias para isto,estratégias para aquilo; lidar com a indisciplina, lidar com a desmotivação. Aos professores não se deve pedir que arranjem estratégias para resolver esses problemas, pois isso é admitir que eles são situações normais, correntes e com tendência a perpetuar-se. Simplesmente não se pode admitir que eles existam como norma.
A escola pública oferece um ensino gratuito (gratuito!, à exceção da aquisição do material escolar), onde os alunos podem usufruir de refeições a um preço pouco mais do que simbólico, em regra com bons e ótimos equipamentos e professores. Os alunos mais carenciados têm comparticipação parcial ou total na aquisição dos seus materiais, nas refeições e nos transportes. De um modo geral os programas são adequados às faixas etárias e ao tipo de sociedade que é o nosso. Estas condições por si só não são mais do que satisfatórias para que os alunos e as suas famílias se sintam naturalmente motivados? De que raio de motivação extra precisam os alunos?
Em África, na Ásia e na América Latina há centenas de milhões de crianças e jovens que frequentam escolas (os que têm essa sorte) em condições miseráveis. E aí muitos deles estão bem mais motivados do que os nossos. Serão os seus professores melhores do que nós? Possuirão eles as tais estratégias mágicas que nós, tecnologicamente apetrechados, não conseguimos vislumbrar?
É mais do que evidente que a motivação é uma treta quando colocada nas mãos dos professores, mas uma realidade quando olhamos para os sítios onde reside a sua génese: na sociedade em geral, nas famílias, em quem nos governa e na legislação obtusa que se produz. Por isso, os professores não têm que motivar quando não há motivos de origem pedagógica para o tipo de desmotivação com que deparam.
A mesma reflexão deve ser feita em relação à indisciplina, que também não é um problema que o professor tenha que resolver. A indisciplina é uma questão que, simplesmente e em circunstâncias normais, não deveria existir! Em circunstâncias normais, para resolver problemas pontuais de indisciplina o professor deveria precisar apenas de uma palavra: "Rua!"
Se houver comportamentos desadequados nas salas de espera e nos gabinetes médicos dos hospitais serão os médicos a resolvê-las? Se a mesma coisa acontecer numa repartição de finanças são os funcionários que vão resolver? Num restaurante, num meio de transporte, numa sala de espetáculos...?
Ora, o professor não tem que motivar nem disciplinar, tem apenas que ensinar, que é aquilo que se lhe pede cada vez menos. Nessas matérias peçam-se, pois, responsabilidades a quem realmente as tem, senão daqui a 50 anos quem cá estiver estará ainda a falar do mesmo.
A Propósito da Reforma Administrativa que está em discussão pública e, porque já vi muita asneira, fruto de grande desconhecimento, escrita por aí, resolvi publicar alguns quadros, retirados dos documentos oficiais do Portal do Governo, que nos permitem ir ficando com uma ideia de como esta reforma irá afetar o nosso Concelho.
Como já se sabe, a diferença populacional entre os Censos de 2001 e 2011 não foi catastrófica para Tarouca, apesar da diminuição ligeira da população (menos 258 habitantes a que corresponde 3,11%)
Tarouca é, atualmente, um Concelho de nível 3, com uma densidade populacional de 80 Hab. Km2, com 5 freguesias predominantemente rurais e 5 maioritariamente urbanas.
O próximo quadro mostra a proposta governamental para os Dirigentes Superiores e outros cargos nos diversos Concelhos. Como não conheço a realidade de Tarouca a este nível, não sei, exatamente, o que vamos perder ou ganhar…
O quadro seguinte não deixa dúvidas, iremos passar de 4 vereadores, para 2 vereadores, sendo que um poderá ficar a tempo inteiro. Tendo em conta que se caminha para executivos maioritários, saídos da Assembleia Municipal, digamos que a perda corresponde “grosso modo” à oposição, que desaparecerá dos executivos e terá representação numa Assembleia Municipal de poderes reforçados.
Situação séria é a que o próximo quadro demonstra. Tarouca tem 119,7 habitantes com mais de 65 anos por cada 100 habitantes com menos de 15, ou seja temos uma população profundamente envelhecida, embora a situação dos nossos Concelhos vizinhos seja muito pior.
Agora a parte que mais vai dizer às pessoas, aquela que de certeza vai fazer correr muita tinta, embora por Tarouca continue tudo muito calmo, vá lá saber-se porquê…
De acordo com os quadros abaixo, o Concelho de Tarouca mantém o estatuto de nível 3, porque tem uma densidade populacional abaixo dos 100 hab. Km2 e terá que ter uma Freguesia na sede do Município, que é o que já hoje acontece (a Freguesia de Tarouca). As Freguesias predominantemente rurais, se mantiverem o estatuto, e os documentos oficiais nada dizem sobre o assunto, são Ucanha, Várzea da Serra, Vila Chã da Beira, Granja Nova e S. João de Tarouca, terão que ter no mínimo 500 hab., ora a única que cumpre este requisito é S. João de Tarouca, as outras …. parece que só resta a junção. As Freguesias maioritariamente urbanas (as restantes cinco) terão que ter, no mínimo 1.000 hab. Ora, neste caso só a Freguesia de Tarouca cumpre o requisito, as restantes … parece que resta apenas a junção!
Atente-se no facto de não se poder aplicar nenhum dos critérios do 2.º quadro porque não temos freguesias a mais de 15 Km da sede do Município e não tivemos, felizmente, uma diminuição populacional superior a 10%.
As junções possíveis são várias, apresento, de seguida, as que me parecem mais lógicas tendo em conta o estatuto atual das freguesias:
- Salzedas/ Gouviães – as duas são AMU e, em conjunto, ultrapassam os 1.000 hab.
- Mondim da Beira/Dalvares – também são as duas AMU e a soma da sua população permite ultrapassar os exigidos 1.000 hab.
- Vila Chã/Granja Nova/Ucanha – apesar de a junção Vila Chã – Granja Nova atingir os 500 hab. exigidos, tendo em conta as fronteiras das freguesias e o seu atual estatuto, Ucanha não poderia juntar com mais nenhuma e sozinha não atinge os 500 hab. Relembro que estas 3 freguesias são APR.
- Várzea da Serra – aqui há um problema, é que Várzea só faz fronteira com Tarouca, e estas duas freguesias têm estatutos diferentes (uma é AMU e a outra APR). Não sei qual vai ser a solução ….
- Poderão manter-se sem junções as Freguesias de Tarouca (AMU) e S. João de Tarouca (APR) que têm o número de habitantes exigidos.
Em conclusão, possivelmente, o Concelho de Tarouca ficará reduzido a 5 freguesias, metade das que tem atualmente.
Estas são apenas algumas reflexões e junção de documentos sobre este processo. Quem quiser comentar, julgo que é um assunto que nos interessa a todos.
Recebi o comentário que a seguir publico, uma vez que está devidamente assinado e me parece um assunto de interesse público.
Casa Mortuária de Tarouca! Nos últimos dias, várias foram as pessoas k vieram ter comigo a pedirem-me k colocasse no n/blog "Tarouca No Seu Melhor" o "caso" da Casa Mortuária (mas como este parece k foi de "férias", resolvi bater à porta do Cogitos do Sr Prof. Luis Sarmento). Devo dizer k a grande maioria são moradores do Bairro 5 de Outubro, mas muitos outros tarouquenses também falaram, porque estão descontentes/preocupados (indignados?) com o sítio k o PODER POLITICO LOCAL(Câmara Municipal e/ou Junta de Freguesia), escolheu prá sua construção.
O K DIZ O POVO:
1-Gostamos da Capela da Sta Casa, mas se o Sr Provedor não quer lá mais os nossos defuntos (porque se desentendeu com o Sr Presidente da Câmara), então que se contrua uma Casa Mortuária com dignidade.
1.1-Será verdade k toda esta polémica se deve a um mero desentendimento ente a Câmara Municipal de Tarouca e a Santa Casa da Misericórdia de Tarouca??? (era bom k este assunto fosse esclarecido, não acham?
2-Achamos bem k os politicos da terra construam um espaço digno pra podermos prestar a última homenagem aos nossos mortos.
MAS DISCURDAMOS DO SÍTIO ESCOLHIDO, PORQUE:
2.1-Fica muito próximo das nossas casa;
2.2-Fica muito prximo do Parque Infantil;
2.3-É neste largo k as nossas crianças brincam;
2.4-É neste largo k se montam algumas barracas na feira quinzenal e no S. Miguel;
2.5-Este espaço não dá privacidade a quem quizer velar/chorar os seus ente queridos.
3-Este espaço é muito procurado, pra estacinamento, nos dias de jogos de futebol e pelos utilizadores das piscinas.
4- Existem por aí muitos outros espaços mais adequados pró efeito(...).
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Enfim, estas são algumas das coisas k as pessoas me disseram. E agora pergunto: de k adiantaria ter ouvido as pessoas se agora nada fazisse na tentativa de as poder ajudar?! Nada, rigorosamente nada! Por isso aqui estou a fazer a ÚNICA coisa k me é possivel fazer:
-FAZER ECO DAS PREOCUPAÇÕES DE MUITOS TAROUQUENSES PELO SÍTIO ESCOLHIDO, PELO PODER POLITICO LOCAL, P´RÁ CONSTRUÇÃO DA CASA MORTUÁRIA. E agora compete ao Poder Politico (Câmara e Junta) ver se é possível ir ao encontro dos anceios da população:alterando o lugar, ou mostrando o projecto, ou...)??? Pró efeito já criei um Evento no Facebook e, na próxima 6ª feira pelas 19:15H, vou novamente ao Largo 5 de Outubro pra ouvir mais moradores. Se o poder politico local e outras pessoas me quiserem acompanhar nessa "visita" terei muito gosto e certamente k a população daquela zona vós ia agradecer a gentileza. Por agora é tudo, termino agradecendo ao Sr Prof. Luis Sarmento a opotunidade k me deu de usar o seu Blog, e pra todos vocês um abraço amigo e até 6ª feira às 19:15H Tarouca, 26 de Julho de 2011 Sou, Profª Assunção Monteiro NB: Devo informar k o N/Páraco, Sr Pe Carlos Lopes, já fez a gentileza de ir ao evento do FB dar a sua opinião.
Zé, meu compincha que tão bem me entendes e compreendes, escrevo-te esta carta porque estou revoltada e quero protestar contra as injustiças deste povo em relação a ti e ao teu magnífico governo. Escrevo-te para manifestar a minha solidariedade para contigo, génio incompreendido, como, de resto, o são todas as grandes mentes. Tu, que procuras o bem do teu país, tu que lutas pelo desenvolvimento tecnológico, pela educação, pela saúde, pela economia, pelo trabalho... E, apesar de todos os teus abnegados e heróicos esforços, ninguém te compreende!
Cerca de 300.000 pessoas, um pouco por todo o país, tudo a protestar contra o estado das coisas, contra a falta de oportunidades... Eles não entendem o que tu já tens feito pelo bem deles!
Tu, que levaste para a frente as Novas Oportunidades para que qualquer analfabeto possa aumentar a sua auto estima dizendo que tem o 9º ano sem ter que ir às aulas;
Tu, que criaste programas de estágio para que os licenciados e mestres possam adiar uns meses o desespero do desemprego e, entretanto, serem explorados a baixo custo com imensas regalias... para as empresas;
Tu, que proporcionaste aos alunos a possibilidade de transitarem de ano sem qualquer esforço, criando dificuldades aos malvados dos professores que os queiram reter caso não tenham tido aproveitamento;
Tu, que deste a volta àquela insustentável segurança social que não dava lucros nenhuns, como era o seu objectivo, garantindo, agora, que todos possam ter reformas menores e menos protecção na doença e no desemprego;
Tu, que cortaste os salários aos funcionários públicos, mas que tiveste a decência de salvaguardar os vencimentos dos administradores e dos teus amiguinhos;
Tu, que criaste mais dívida para que todos possamos sonhar com uma viagem de TGV, apesar de não termos dinheiro para os bilhetes e enquanto os trabalhadores da CP vêm as suas condições de trabalho a piorar;
Tu, que poupas dinheiro e decides não fazer um metro em cidades insignificantes como Coimbra, que não te metes em despesas com transportes públicos, tu que ainda por cima só tens 20 motoristas por tua conta e uns poucos por conta dos teus amiguinhos;
Tu, que organizas festas e viagens para mostrar o que de "melhor" por cá se faz, sem olhares a custos...
Tu, que és tão bonzinho, que nos compreendes tão bem, que és tão solidário para com os jovens, para com os trabalhadores, para com os pensionistas...
Ninguém te compreende... Pedes justificados e pertinentes sacrifícios à população, discursas sobre o quanto nos entendes e lamentas o que passamos, pois não tens quaisquer responsabilidades sobre o estado das coisas! A culpa é da Ângela, do Nicolau e dos outros meninos maus da Europa. Tu não tens culpa!
Não tens culpa de te preocupares com as despesas excepto com as que dizem respeito a ti e aos teus amigos! Não tens culpa de quereres luxos na educação, saúde, tecnologia e transportes (de que importa se ainda nem o básico está assegurado?)!
Não tens culpa de desconheceres o que é viver com um salário mínimo ou médio tendo comida, escola, gasolina, água, gás, luz, medicamentos, e outras despesas que tais, para pagar.
Não tens culpa que os professores se sintam mais reclusos que educadores e fontes de conhecimento por causa dum modelozinho de avaliação inofensivo.
Não tens culpa que os pais dos meninos não tenham dinheiro para lhes pagarem os estudos e os sustentarem quando eles não arranjam emprego.
Enfim... Às vezes sinto que vivemos num mundo ao contrário... Eu, chamo-me Alice e vivo em Portugal, um país que não me dá oportunidades de crescimento, que desaproveita todo o investimento que eu, os meus pais e o estado fizeram no meu desenvolvimento pessoal e académico.
Tu és o Zé e vives no País das Maravilhas, um país em que tudo é como devia ser, graças a ti, mas as pessoas que o habitam são burras e não percebem o bem que lhes fazes.
Não me alongarei muito mais nesta carta, pois já deves ter percebido que estou do teu lado e que te compreendo totalmente! Sugiro-te que saias de Portugal... Por muito que te custe abandonar a pátria pela qual tanto te tens sacrificado, julgo que terás um futuro melhor, em que sejas mais bem tratado, fora deste país cujo povo não te entende nem dá valor ao que tens feito. Vai por exemplo para o Pólo Norte ou para a Gronelândia... Dizem que lá há muito espaço para construíres aeroportos, pontes, linhas de alta velocidade e auto-estradas!
Um beijinho e desejos de boa viagem,
Alice"
Artigo escrito por Alice Morgado Retirado do Blogue "FANTÁSTICO, MELGA! 14 de Mar de 2011
Aos 35 anos já se é velho para trabalhar na Lusitânia, mas este com 77 é um jovem!!!
SILVA LOPES, 77 ANOS, NOMEADO ADMINISTRADOR DA EDP RENOVÁVEIS.
A pouca vergonha continua.....
SILVA LOPES, com 77 (setenta e sete!!!) anos de idade, ex-Administrador do Montepio Geral, de onde saiu há pouco tempo com uma indemnização de mais de 400.000 euros, acrescidos de várias reformas que tem, uma das quais do Banco de Portugal como ex-governador, logo que saiu do Montepio foi nomeado Administrador da EDP RENOVÁVEIS, empresa do Grupo EDP.
Com mais este tacho dourado, lá vai sacar mais umas centenas de milhar de euros num emprego dado pela política do governo, que continua a distribuir milhões, apesar da situação do país.
Entretanto, o Zé vai empobrecendo cada vez mais, num país com 20% de pobres, onde o desemprego caminha para níveis assustadores, onde os salários da maioria dos portugueses estão cada vez mais ao nível da subsistência.
Silva Lopes foi o tal que afirmou ser necessário o congelamento de salários e o não aumento do salário mínimo nacional, por causa da competividade da economia portuguesa. Claro que, para este senhor, o congelamento dos salários deve ser uma atitude a tomar (desde que não congelem o dele, claro).
Estes senhores não têm vergonha na cara? E foi este artista que há um ano disse na RTP1 que os ordenados portugueses estavam 20% acima do que deveriam estar!!!!! Os dele estão seguramente 1000 ou 5000% acima da média!!! VIVA LUSITANIA!
Apesar dos pontapés na língua de Camões, acho que este Clip de Vídeo retrata bem o que se vai passando com as sondagens em Portugal. Embora eu não acredite nelas, até porque todos sabemos a capacidade que o nosso 1.º ministro (demissionário, graças !!!) e o seu aparelho têm de controlar os meios de comnicação, o que é certo, é que elas podem influenciar os mais desatentos, principalmente aqueles que ainda acreditam na "vítima" em que o Engenheiro Sócrates se tornou.
ESTE É UM TEXTO QUE ME FOI SUGERIDO POR E-MAIL. PARECEU-ME UMA BOA ANÁLISE DA SITUAÇÃO QUE ESTAMOS A VIVER E DO QUE NOS ESPERA NOS PRÓXIMOS MESES, POR ISSO RESOLVI PUBLICÁ-LO, COM A RESPECTIVA IDENTIFICAÇÃO DO BLOG DE ONDE FOI RETIRADO.
«E ao dia 23 Sócrates caiu.
Demitiu-se.
Neste momento particular, veio-me à memória um pequeno excerto de um filósofo que admiro muito, Friedrich Nietzsche, que escreveu numa das suas Obras, de nome “ Humano, demasiado Humano”. Falava sobre o Apogeu do Cobarde, e diz assim:
“ Havia num partido um homem, que era demasiado medroso e cobarde para, alguma vez, contradizer os seus camaradas: empregavam-no para todos os serviços, exigiam tudo dele, porque ele tinha mais medo da má opinião dos seus camaradas que da morte; era um lamentável espírito fraco. Eles reconheceram isso e fizeram dele, em virtude das circunstâncias mencionadas, um herói e, por fim, até um mártir. Embora cobarde, interiormente, dissesse sempre não, com os lábios pronunciava sempre o sim, mesmo já no cadafalso, ao morrer pelas idéias do seu partido: é que, ao lado dele, estava um dos seus velhos camaradas, que o tiranizava tanto pela palavra e o olhar, que ele sofreu a morte realmente da maneira mais decente, desde então, é homenageado como mártir e grande personalidade.”
Penso que não há necessidade de expandir-me em mais ilações sobre o Sr. Sócrates. Espero apenas que ele não se torne num mártir, que não façam dele essa pessoa que ele não é.
Vamos viver um período de grandes instabilidades. Incertezas. Medos. Perguntas. Assombros que nos vão caracterizar todos os dias. Mas podemos viver também um momento de grandes oportunidades.
Gandhi escreveu um dia:
“ A meta afasta-se sempre de nós. Pois quanto mais progredimos, mais estaremos conscientes da nossa fraqueza. Mas é no esforço que encontramos a satisfação, não no êxito. O esforço sem reserva vale a vitória total.”
Temos a oportunidade de fazer valer o nosso poder. A Escolha, o poder do Voto.
Mas para isso é necessário sermos exigentes, querermos conhecer a fundo e de forma consciente, o que nos oferecem. Não devemos, já o escrevi no texto anterior, embarcar na facilidade de uma escolha baseada na história. Temos de fazer a opção que achamos ser a melhor, de facto, para melhorar as nossas vidas. Mas para isso temos de nos esforçar.
Vamos escutar o facilitismo do discurso político. Por um lado a fácil critica, com alusões ao que está mal. Por outro o choradinho habitual de quem acha que não conseguiu fazer porque não o deixaram.
Vamos ouvir falar muito de esquerda e de direita.
Vamos escutar palavras como comunismo, socialismo, neo-liberalismo, grande capital, força dos trabalhadores, etc, etc.
Mas será aqui que podemos fazer a diferença.
Hoje vivemos em tempos diferentes, com instrumentos úteis e poderosos que podem, de facto, fazer mudar alguns dos rumos.
O Facebook, os blogs, as opiniões nos jornais, as conversas de amigos, a partilha de informações, tudo pode ser utilizado para obrigarmos os que se candidatam a mudarem a forma de estar, a apresentarem programas credíveis e responsáveis para se sentirem responsabilizados por aqueles que os vão escolher.
Não é possível mudar os políticos que temos.
Logo vamos tentar educa-los.
Está nas nossas mãos.
A escolha é feita entre o cobarde, que ou vota sem saber no que está a votar, ou então abstem-se; e o corajoso, que aproveita os momentos, as oportunidades, para mudar, para criar um novo rumo para um caminho melhor. (...)
É verdade. Para que algo mude é preciso fazer escolhas. Mas para fazer as melhores escolhas, exijam dos partidos, exijam dos candidatos, peçam esclarecimentos, façam perguntas, usem os meios.
Mas não caiam no facilitismo, na vontade de vingar uma espécie de anarquia ou filosofias de falsas esperanças. Leiam, procurem, discutam. E exijam.
Acreditem. Podemos mudar Portugal. Portugal merece, porque todos merecemos. Mas temos de ser responsáveis.
E votem, porque senão não vale a pena criticar ou participar.
Para mim e desde já, digo-vos uma certeza, Até Sempre Sócrates, nunca mais.
A Vocês, Portugueses, cidadãos, até breve, juntos e a lutar.»